O comer intuitivo engloba princípios como sinais de fome e saciedade, com enfoque na “sabedoria do corpo”. Essa sabedoria nada mais é do que ter a habilidade de identificar os sinais que o corpo nos dá, e assim, respeitar nossas reais necessidades
Porém, nos dias atuais isso não é tão simples assim, existem inúmeros fatores externos que influenciam nessa regulação como propagandas de comida que encorajam a comer independentemente da fome, restaurantes com porções excessivamente grandes e dietas com alimentos prescritos em quantidades determinadas.
Além disso, repetidas tentativas de dieta podem ser prejudiciais à saúde física e mental e transtornos alimentares podem ter seu começo em dietas de baixa energia. O que posteriormente é acompanhado de um comer desordenado.
A prática do comer intuitivo vem para recuperar essa sabedoria do corpo. O objetivo é tentar prestar mais atenção e “se ouvir” mais, percebendo nosso corpo e respeitando-o para que, dessa forma, possamos comer quando se tem fome e parar de comer quando se está satisfeito.
Dito isso, a quantidade de comida e o tipo de alimento vai depender do estado do seu corpo naquele momento, observando que tipo e que quantidade de comida seu corpo necessita.
O resgate dessa habilidade, sim → resgate, pois já nascemos com o nosso “comedor intuitivo” funcionante é um processo que pode ser desenvolvido para pessoas em tratamento de doenças crônicas (diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares), para aquelas que por motivos muito específicos precisam realizar ajustes nos grupos alimentares (síndrome do intestino irritável, síndrome dos ovários policísticos, endometriose, por exemplo) e também pode fazer parte do tratamento em transtornos alimentares e na melhoria da relação com a comida.
Principal referência utilizada:
VAN DYKE, Nina; DRINKWATER, Eric J. Review article relationships between intuitive eating and health indicators: literature review. Public health nutrition, v. 17, n. 8, p. 1757-1766, 2014.